Como saber se quero ser mãe?

Em algum momento da vida, o tema da maternidade surge para a mulher, seja por reflexões internas ou sugestões de quem está ao seu redor. As dúvidas sobre isso podem gerar angústia e consumir muita energia. Mas, como saber se realmente quero ser mãe?

• E se a decisão causar arrependimento?
• E se não for possível voltar atrás?

Neste artigo, trazemos alguns pontos de reflexão para que você possa explorar dentro de si mesma toda a complexidade que envolve a maternidade.

Maternidade tem significado único para cada mulher

A complexidade da pergunta (e da resposta) sobre “Como saber se quero ser mãe” se inicia quando levamos em consideração a história, vivência e experiência de cada mulher em relação a sua própria vida.

Ou seja, em relação à sua própria concepção, gestação, criação e ancestralidade, principalmente das mulheres de sua família.

Toda essa bagagem, consciente e inconsciente, pode influenciar na forma como você entende e, principalmente, sente a maternidade hoje.

Portanto, é importante considerar não só questões práticas como:

• Saúde física e emocional
• Condições financeiras
• Estilo de vida e rotina
• Comprometimento do parceiro (se houver)

Mas também o aspecto interno dessa decisão, que exige um olhar atento para o seu passado e a história de suas ancestrais.

Leia também: Maternidade na terapia e questões que aparecem nas consultas

Como investigar a sua história

Para começar esse processo de autoconhecimento, é essencial que você busque informações sobre a vida das mulheres da sua família.

Questões sobre sua ancestralidade:

• Como suas ancestrais foram criadas?
• Qual o contexto familiar de sua época?
• Como eram os relacionamentos entre os casais?
• Os filhos eram planejados?
• Existiram perdas gestacionais?
• Há alguma repetição no seu padrão familiar, como, por exemplo, mulheres se envolveram com homens ausentes ou foram abandonadas?

Ao percorrer essas histórias você entrará em contato com muitos conteúdos que poderão te causar diferentes sentimentos e te levar a entendimentos.

Questões sobre sua gestação e criação:

Então, continue a busca pela sua própria história. É preciso também investigar questões sobre o seu nascimento, como, por exemplo:

• Como seus pais estavam antes do seu nascimento?
• Como sua mãe se sentiu durante a gestação?
• Houve algum acontecimento significativo no período da sua gestação?
• Qual foi a sua via de parto e seu comportamento como bebê?
• Quem cuidou de você durante sua infância?

Lembranças que aconteceram há anos podem afetar a sua vida atual. O intuito dessa busca não é julgar, acusar ou culpar, mas entender o contexto em que você foi gerada e criada.

Essas informações podem fornecer clareza e permitir que você tome decisões conscientes sobre a maternidade, sem as influências do passado.

Autorreflexão no momento presente

Agora, é hora de olhar para o momento presente e se perguntar: qual é o significado de ser mãe para você? Algumas perguntas podem ajudar nesse processo de reflexão:

• O que significa ser mãe para você?
• O que você sente ao se imaginar como mãe?
• Qual o propósito de ter um filho, para você?
• O que é mais importante: ter um filho biológico ou vivenciar a experiência da gestação e do parto?
• Qual o seu maior medo ao pensar em ser mãe?
• E qual o seu maior medo ao pensar em não ser mãe?

Essas perguntas podem ajudar a aprofundar sua reflexão interna e identificar os fatores que estão influenciando sua decisão. Se você sentir necessidade de apoio, buscar auxílio terapêutico pode ser uma ótima opção.

Uma abordagem interessante é a Psicoembriologia, que pode ajudar a entender melhor suas emoções e crenças relacionadas à maternidade.

Lembre-se: você pode criar sua própria história da maneira que desejar, com consciência e clareza. O importante é entender o que realmente ressoa com você e agir de acordo com seus valores e desejos, não com pressões externas.