Por que ser bonzinho demais pode te adoecer em silêncio
Ser bonzinho demais pode parecer virtude, mas muitas vezes é um reflexo de dor antiga. E se você não estiver doando por amor, mas por medo?
Por Eric Flor
Ser bonzinho demais pode parecer virtude, mas muitas vezes é um reflexo de dor antiga.
Ao longo da vida, a gente aprende que amar é doar, ceder, servir. A oração de São Francisco diz “Onde houver ódio, que eu leve o amor…” fala sobre isso.
Trata-se de um hino à paz. Um chamado à luz. Mas também reforça algo que talvez você tenha aprendido como eu, que o caminho da alma é ser gentil, silencioso, compassivo. Que quanto mais você doa, mais se purifica. Que a salvação mora no servir.
Mas… e se eu te disser que, para muitos de nós, esse “amor” virou uma forma sofisticada de autoabandono? E se você não estiver doando por amor, mas por medo?
- Medo de ser esquecido.
- Medo de ser rejeitado.
- Medo de ser… você mesmo?
Quando ser bonzinho dói
Vamos conversar de verdade?
Então, quantas vezes você:
- Ofereceu colo com o coração em ruínas?
- Sorriu engolindo o choro?
- Então disse “fica tranquilo, eu resolvo“, quando tudo em você gritava por socorro?
É aqui que começa a dor do “bonzinho”. Não a dor visível. Mas aquela que vai corroendo por dentro e sussurra: “Se eu não for bom o tempo todo, ninguém vai me amar.”
Como nasce o “bonzinho”
Muitos de nós aprendemos a ser bons não por escolha, mas por sobrevivência. Uma ausência, um grito, um olhar cortante na infância bastaram para surgir a crença:
“Se eu não der trabalho, vão me manter por perto.”
Assim nasce o bonzinho:
- Que antecipa a dor dos outros, mas ignora a sua.
- Que carrega o mundo nas costas, mas não sabe pedir colo.
- Que confunde amor com aceitação.
- E que está exausto, mas não se permite parar.
A espiritualidade que nos ensinou a doar até sumir
Com todo respeito à espiritualidade, é preciso reconhecer: muitas vezes, ela nos ensinou um ideal inalcançável de santidade.
- “Dar é melhor que receber.”
- “É nobre se sacrificar.”
- “É divino se doar por inteiro.”
Mas quem se doa até desaparecer não vira santo. Vira sombra.
E uma alma exausta:
- Não questiona.
- Não se rebela.
- Não se protege.
Isso não é fé. É abandono autorizado. Por isso, merece ser cuidado.
A ilusão do amor incondicional: quando amar é se trair
Vamos mais fundo?
Então me diga quantas vezes você:
- Disse “sim” querendo dizer “não”?
- Ofereceu abraços que eram pedidos de socorro?
- Foi amoroso com o mundo e cruel consigo?
Essa bondade compulsiva não é virtude. É trauma.
E deixa marcas:
- Atraí pessoas que só sabem pedir.
- Viver no eterno esforço de agradar.
- Acreditar que só existe amor se você se apagar primeiro.
Mas até quando?
O corpo grita o que a boca cala
O bonzinho adoece:
- Dores que a medicina não explica.
- Fadiga crônica.
- Ansiedade noturna.
- Vazio mesmo cercado de afeto.
Por quê?
- Porque o corpo sente a violência silenciosa de nunca ser prioridade.
- Porque a alma sabe que está sendo usada.
- Porque a criança interior ainda implora: “Me vê! Me escolhe! Me ama!”
O que ninguém te disse: você tem o direito de receber
A cura começa quando:
- Você para de se violentar em nome do amor.
- Aprende que receber também é sagrado.
- Percebe que limites são formas de amar.
Dizer “não” pode ser seu maior ato de compaixão.
E é nesse ponto que a terapia vira farol. Um lar. Um lugar seguro para reencontrar a si.
Terapia integrativa: o retorno amoroso ao eu verdadeiro
Na terapia integrativa:
- Sua dor é acolhida.
- O bonzinho pode descansar
- Você pode dizer: “eu também preciso.”
Ferramentas que apoiam esse processo:
- Reiki: realinha seu campo energético.
- Pranic healing: limpa cargas do passado.
- Meditação dos corações gêmeos: ensina a amar sem se anular.
- Auriculoterapia, florais, STIPER: reconectam com corpo, limites e desejos.
Essas práticas revelam uma verdade simples e libertadora: você não precisa se quebrar para ser amado. Na verdade, você pode ser luz mesmo quando precisa de colo.
A revolução do amor-próprio
Talvez você só saiba amar se doando demais. Mas:
- Tudo bem. Você aprendeu isso para sobreviver.
- Agora, você pode desaprender. Pode reaprender.
- Pode se amar sem se abandonar.
- Pode cuidar de si antes de cuidar do outro.
- Além disso, pode ser bom sem deixar de ser inteire.
Se chegou até aqui, saiba:
Esse texto não é um julgamento. É um convite. Um lembrete:
Afinal, você também merece ser amado com a mesma intensidade com que ama. E talvez… isso comece por você.
Eric Flor é terapeuta integrativo formado em fisioterapia, acupunturista e mestre em Reiki. Faz atendimentos online e presenciais em João Pessoa com Auriculoterapia, Ventosaterapia, Moxaterapia, Orgoniteterapia, Cristalterapia e Pranic Healing (Cura Prânica) na promoção de saúde em todos níveis, equilíbrio e bem-estar.
Saiba mais sobre mim- Contato: eriflorfrancisco@gmail.com
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