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Como lidar com o ciúme excessivo no relacionamento?

Aprenda como lidar com o ciúme excessivo no relacionamento, identificando padrões emocionais e praticando autoconsciência

Atualizado em

Poucas emoções nos abalam tanto quanto o ciúme. Ele pode nos desestabilizar, alimentar paranoias e intoxicar os relacionamentos. Por isso, aprender como lidar com o ciúme é essencial para construir vínculos saudáveis.

Este sentimento costuma esconder dores mais profundas, e compreender suas raízes é o primeiro passo para transformá-lo.

Resumo do que você vai encontrar aqui:

  • O ciúme excessivo tem origem em inseguranças e feridas emocionais antigas.
  • Ele pode se manifestar mesmo quando racionalmente não há motivo.
  • Transformar essa emoção envolve autoconhecimento, presença e práticas de autorregulação.
  • Técnicas como respiração consciente e meditação ajudam a lidar com crises.
  • O processo é gradual e pode contar com apoio terapêutico.

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O que é o ciúme excessivo?

O ciúme excessivo é uma manifestação concreta de dores e medos, conhecidos ou que nem mesmo sabemos que carregamos, aguardando por cura.

Ou seja, o ciúme não é apenas uma simples reação a algo externo. Ele é, na maioria das vezes, um reflexo de questões internas, como:

  • Medo de ser trocada
  • Medo de não ser suficiente
  • Insegurança diante do afeto do outro

Mas esses sentimentos não surgem do nada. O ciúme pode aparece quando a atitude do outro toca em nossas feridas, despertando insegurança, desamparo ou sensação de desrespeito.

Nessas horas, podemos acreditar que alguém está errado, mas, na verdade, somos todos vítimas de nossas próprias histórias.

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Como nasce o ciúme surge?

Nossa história de vida — desde o ventre materno, ou mesmo antes — molda registros subconscientes e inconscientes. Isso porque vivências e padrões herdados ou experienciados que não foram integrados como aprendizado se fixam como dores. 

Mas não percebemos essas marcas diretamente; vemos seus efeitos na maneira como pensamos, sentimos e criamos nossa realidade.

Os registros subconscientes e inconscientes formam aquilo que é automático em nós, construindo o pano de fundo da vida sem que a gente perceba. Ou seja, nós apenas assumimos como nossas realidade e identidade.

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Exemplos de padrões que geram ciúmes no relacionamento

Para entender como lidar com o ciúme excessivo no relacionamento, é essencial olhar para os padrões emocionais que o alimentam.

Veja alguns exemplos comuns:

1. Carência afetiva ou excesso de atenção na infância

Se na infância faltou afeto ou, ao contrário, houve atenção em excesso, isso pode gerar uma necessidade intensa de validação do outro.

Nesse caso, qualquer ameaça de perder a atenção do par mexe profundamente — gerando reações de ciúme, mesmo sem motivo concreto.

2. Medo de reviver feridas emocionais antigas

Traições, rejeições, abandonos ou humilhações vividas — ou até mesmo presenciadas na infância, ou no ambiente familiar — podem ter deixado marcas emocionais.

Essas feridas ficam registradas como memórias emocionais inconscientes e, a qualquer estímulo, podem se reativar em forma de ciúme.

Até mesmo experiências vividas ainda no ventre, como crises enfrentadas pelos pais, podem ser percebidas energeticamente e moldar esse padrão de insegurança.

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3. Referenciais distorcidos de afeto

Crescer em um ambiente com relações muito possessivas ou extremamente desapegadas também influencia.

Essas dinâmicas viram um modelo inconsciente do que é “normal” nas relações. Assim, quando nos conectamos com alguém que se relaciona de forma diferente, o contraste pode provocar estranhamento e ciúme.

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Por que é tão difícil lidar com ciúmes?

O problema começa quando não paramos para prestar atenção, questionar, desconstruir o que nos prejudica e acessar o que é saudável. 

Mas na medida em que acessamos nosso eu verdadeiro, passamos a vivenciar até mesmo as situações desagradáveis de maneira mais harmoniosa e construtiva.

Mesmo quando reconhecemos que o ciúme nos faz mal, é difícil evitá-lo. Isso acontece porque memórias inconscientes buscam o familiar — mesmo que ele traga dor. 

Assim surgem contradições: desejamos relações leves, mas recriamos padrões que tocam feridas e reforçam inseguranças.

Lembremos delas ou não, guardamos memórias de vivências de rejeição, abandono, traição, injustiça ou humilhação.

Para evitar essas dores, criamos mecanismos inconscientes que moldam nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Entre eles, o ciúme.

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Como lidar com o ciúme na prática?

Cada situação de ciúme nos convida a cuidar dessas feridas. Assim, ao reconhecê-las e compreendê-las, podemos liberar sua carga emocional e transformar a energia antes aprisionada em um caminho de crescimento e harmonia afetiva.

A cada momento, podemos escolher: seguir presos aos registros distorcidos ou transformar essa energia no melhor de nós mesmos.

A primeira camada a ser trabalhada é a reatividade. Portanto, treine acalmar-se e direcionar a intensidade emocional, sem se deixar levar pelos pensamentos distorcidos. Assim, com o tempo, será possível criar respostas mais construtivas.

Durante a crise, busque manter-se consciente. Não será possível conter a intensidade, mas você pode conduzi-la.

Aqui vão algumas dicas práticas:

  1. Respire conscientemente: A respiração ajuda a regular o sistema nervoso e traz clareza em momentos de crise.
  2. Use um “lembrete de presença”: Pode ser um pingente, uma pulseira, ou uma imagem, desde que seja algo que te ancore no momento presente.
  3. Reflita após a crise: Pergunte-se: o que foi tocado em mim? Qual ferida pode estar por trás dessa reação?
  4. Pratique observar de fora: Imagine que você está vendo a situação como espectadora. Essa distância emocional favorece a clareza.
  5. Medite por 5 minutos ao dia: Simples práticas diárias fortalecem sua estabilidade emocional ao longo do tempo.
  6. Técnica de limpeza energética: acesse aqui um áudio com este exercício gravado.

Transforme o ciúme em um caminho de libertação

O ciúme pode ser um portal para o autoconhecimento. Em vez de lutar contra ele, experimente acolher e investigar o que ele está tentando te mostrar.

No fundo, costumam estar feridas básicas — rejeição, abandono, traição, injustiça e humilhação — como já mapeadas no trabalho de Lisa Bourbeau em seu livro “As Cinco Feridas Emocionais”.

Há diversas técnicas e terapias que podem apoiar sua jornada de compreensão, cura e harmonização. Se sentir que precisa de suporte, estou aqui, oferecendo suporte terapêutico para ajudar no seu processo de transformação.

Transformar as raízes do ciúme envolve lidar com uma bagagem de toda uma vida. Esse processo pede tempo, paciência e carinho.

Ceci Akamatsu

Ceci Akamatsu

Terapeuta Energética, faz atendimentos à distância pelo Personare. É a autora do livro Para que o Amor Aconteça, da Coleção Personare.

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