Feliz Dia dos Avós: memória, amor e liberdade
Celebre o Dia dos Avós com consciência e afeto. Reflexões, orações e rituais para honrar suas raízes com amor, liberdade e gratidão.
Por Eric Flor
Feliz Dia dos Avós é muito mais do que uma frase carinhosa: é um convite profundo a reconhecer quem veio antes.
Antes de respirarmos pela primeira vez, já existiam corações batendo por nós. Mãos calejadas, corpos dançando em outras geografias, nomes que talvez nunca saberemos — mas que hoje vivem em nossa pele, em nossos sonhos e silêncios.
Neste 26 de julho, ao dizer Feliz Dia dos Avós, abrimos um portal de memória e conexão. Não se trata apenas de uma homenagem afetiva, mas de um ritual ancestral, íntimo e coletivo.
Uma oportunidade de olhar para nossa origem com gratidão, maturidade e consciência. Então, vamos juntos?
Qual é o Dia dos Avós e por quê?
O Dia dos Avós é celebrado no dia 26 de julho em países de tradição católica em homenagem a São Joaquim e Santa Ana, pais de Maria e, portanto, avós de Jesus.
A data se consolidou por meio de movimentos culturais e espirituais, principalmente em Portugal e no Brasil. Hoje, mais do que uma celebração religiosa, tornou-se um gesto social de reconhecimento àqueles que representam sabedoria, memória e afeto.
No Brasil, essa data ganha ainda mais sentido, pois milhares de avós assumem o papel de cuidadores, educadores e referências afetivas.
Mas mesmo quando não estão fisicamente presentes, os avós — e os que vieram antes deles — vivem em nós, através dos nossos gestos, expressões, vínculos e padrões emocionais.
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O que significa honrar os avós?
Avós não são apenas parte da árvore genealógica — são raiz, espelho e campo de força. Mesmo quando distantes, ausentes ou já tendo partido, estão vivos em nossas células e em nossa história. Por isso, devem ser honrados.
Se você teve ou tem uma relação difícil, calma. Porque honrar não significa santificar ou idealizar. É reconhecer com clareza e amor que, antes de nós, houve caminhos trilhados, sonhos sonhados e dores carregadas. E que agora, podemos escolher o que manter e o que libertar.
Como honrar os avós com liberdade?
Muitos de nós aprendemos, em silêncio, que honrar é obedecer. Que ser grato é nunca questionar. Que devemos carregar em silêncio os pesos dos que vieram antes — como se fôssemos devedores de uma história que não escrevemos.
Mas essa ideia nos aprisiona.
O verdadeiro ato de honrar começa onde termina a culpa. Ou seja, começa quando olhamos para nossos pais, avós e ancestrais e dizemos:
- “Eu os vejo. Eu os agradeço. E, por amor, eu escolho seguir com leveza.”
Assim, honrar com liberdade é um movimento interno de reconhecimento, inclusão e desapego amoroso.
Ou seja, não é um ato de desobediência — é um ato de evolução. Nem é negar o passado — é fazer dele uma raiz, e não uma prisão.
Honrar com liberdade é, na verdade, perceber que podemos agradecer aos nossos avós sem nos amarrar às suas dores. É dizer:
- “Eu os carrego no coração, mas os deixo livres dentro de mim.”
Assim, permitimos que os filhos e netos que virão — ou os projetos, relações e versões futuras de nós mesmos — nasçam em um campo mais leve, mais lúcido, mais fértil.
Porque honrar, verdadeiramente, é amar com maturidade.
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Como ir além do Feliz Dia dos Avós e os honrar verdadeiramente
Dizer Feliz Dia dos Avós é um gesto bonito — mas é possível ir além da frase e transformar essa data em um verdadeiro ritual de conexão com quem veio antes.
Aqui vão algumas práticas simples e profundas que podem ser feitas no Dia dos Avós ou em qualquer momento em que houver o chamado para se reconectar com a origem:
- Crie um altar simbólico com uma vela branca, uma flor, uma foto ou um objeto que represente seus avós ou antepassados.
- Respire conscientemente, sentindo a presença da sua linhagem e abrindo espaço para escutar o que o silêncio diz.
- Leia uma oração de reconexão, como as que estão a seguir.
- Honre com liberdade, escolhendo o que deseja continuar e o que deseja libertar.
- Finalize com gratidão, dizendo: “Hoje, eu os vejo. Eu agradeço. E escolho viver minha vida com amor, verdade e liberdade.”
Essas práticas ajudam a transformar o Feliz Dia dos Avós em uma expressão viva de amor, maturidade, consciência e honra aos antepassados.
Oração Sistêmica dos Antepassados
O propósito da Oração aos Antepassados é honrar e reconciliar com os antepassados, reconhecendo o seu papel na história familiar.
- Gratidão, queridos pais, avós e todos os antepassados, por terem traçado meu caminho, por terem tecido sonhos que agora são minha realidade.
- Hoje, com profundo respeito, acolho as dores, as ausências, as rupturas, as partidas prematuras, os silêncios não compartilhados, os destinos trágicos.
- Dou luz à força invisível que abriu os caminhos, à alegria que voltou a ser repetida, ao que foi oculto e àqueles segredos que pedem reconciliação.
- Dou voz às histórias de violência, abandono, separação — entre casais, pais e filhos, irmãos — e confio que o tempo e o amor nos reencontram.
- Dou luz às memórias de escassez, crenças limitantes, dor que se tornou herança.
- E agora, aqui e agora, eu planto nova esperança: alegria, união, prosperidade, entrega, equilíbrio, coragem, fé, superação, amor, amor e mais amor.
Bênção Nahuatl
A Bênção Nahuatl é uma oração dos antigos povos mexicanos, de perdão, desapego, carinho e libertação.
- Eu te liberto para que sigas teu caminho e eu siga o meu.
- Eu te agradeço por tudo que recebi de ti.
- Agradeço tua presença na minha vida.
- Pelas belezas e pelos aprendizados da dor.
- Solto tuas expectativas sobre mim, e as minhas sobre ti.
- Eu te deixo livre, e me deixo livre.
- Solto a dor, o medo, a raiva, a mágoa.
- E abro espaço para o amor.
- Reconheço tua história, tua dor e tua luz.
- Honro tua jornada, mesmo sem entender tudo.
- Vejo tua alma — e ela me ensina.
- Agora, me recolho à minha própria jornada.
- Com amor, respeito e gratidão.
Avós e a Vida: uma travessia entre o tempo e o amor
Avós nos falam da passagem do tempo, da finitude, mas também da eternidade que pulsa em um afeto simples.
Eles nos ensinam que a vida não precisa ser grandiosa para ser sagrada. Basta ser presente.
Avós nos oferecem uma sabedoria que não se aprende nos livros — é a sabedoria do chá feito no silêncio, do olhar que compreende sem julgar, do tempo que espera, do colo que sustenta sem exigir palavras.
Eles são memória viva, mas também futuro plantado.
São aquilo que recebemos sem pedir — e que também precisamos aprender a devolver com graça.
A vida é assim: uma tapeçaria invisível entre o que herdamos e o que escolhemos.
Avós tecem as primeiras tramas desse pano invisível. E cabe a nós, com amor, coragem e liberdade, seguir bordando o que vier depois.
Poema final: Altar de Vozes
Avós, pulsar ancestral invisível,
por onde correm nossas memórias,
nossas dores e nossas forças.
Hoje, acendo esta chama,
não para manter velhos pactos,
mas para acender novos sonhos.
Recebo o que me foi dado,
reconheço o que foi passado,
e me autorizo a florescer —
livre, inteiro, amorosamente presente.
Eric Flor
Eric Flor é terapeuta integrativo formado em fisioterapia, acupunturista e mestre em Reiki. Faz atendimentos online e presenciais em João Pessoa com Auriculoterapia, Ventosaterapia, Moxaterapia, Orgoniteterapia, Cristalterapia e Pranic Healing (Cura Prânica) na promoção de saúde em todos níveis, equilíbrio e bem-estar.
Saiba mais sobre mim- Contato: eriflorfrancisco@gmail.com
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