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O amor é cinza: feridas da infância e relacionamentos amorosos

Descubra como as feridas da infância afetam os relacionamentos amorosos e veja caminhos de transformação com terapias integrativas

Atualizado em

De que cor é o amor? Não é vermelho, como costumamos imaginar nas vitrines de Dia dos Namorados. Ao olhar mais fundo, percebemos que, na verdade, o amor verdadeiro é cinza. Da dor das dores das feridas da infância que impactam diretamente nos relacionamentos amorosos.

Como canta Mateus Aleluia:

  • “O amor verdadeiro é cinza.
    É cor de nuvem antes da chuva,
    de bruma que dança no silêncio da montanha,
    de madrugada que ainda não amanhece”

O cinza simboliza algo essencial — o amor real não é feito de presentes e promessas perfeitas, mas de presença autêntica, de entrega.

E, muitas vezes, essa presença nos coloca diante da dor. Isso porque as feridas da infância e os relacionamentos amorosos estão profundamente conectados.

Neste artigo, você vai entender como essas feridas emocionais — como rejeição, abandono e injustiça — se manifestam nas relações e como é possível iniciar um caminho de cura e reconexão, com apoio de práticas terapêuticas integrativas.

Leia também: Cada dor no corpo pode ser um trauma da infância

As cinco feridas da infância que afetam os relacionamentos amorosos

Dentro de cada relação amorosa está escondido um espelho. E o que chamamos muitas vezes de “problemas do casal” são, na verdade, os ecos de dores antigas — as feridas da infância que se manifestam como mecanismos de proteção, carência ou controle. 

A autora Lise Bourbeau descreveu cinco feridas emocionais principais, que moldam profundamente a forma como nos relacionamos.

Então, vemos a seguir cada uma delas com a profundidade que ela merece — e com um verso da canção de Mateus Aleluia, como um oráculo poético.

1. Ferida da Rejeição

  • “O amor é cinza, não dá cor
    pra quem não tem revelação.”

Essa ferida nasce quando a criança não se sente acolhida em sua existência. Pode vir de pais que não desejavam a gravidez, de situações em que a presença da criança não foi bem-vinda ou de rejeições sutis, como um olhar de desaprovação constante.

Nos relacionamentos amorosos, a ferida da rejeição cria adultos com medo crônico de serem ignorados, esquecidos ou considerados inadequados. 

Pessoas que se anulam para agradar, que se tornam invisíveis por medo de desagradar, ou que preferem terminar antes de serem deixadas. Costumam se afastar do amor antes que ele se torne perigoso — porque ser visto pode doer mais do que estar só.

Rejeição: como superar este sentimento

2. Ferida do Abandono

  • “O amor é cinza, se desfaz
    na solidão de um não querer.”

Essa dor nasce da ausência afetiva, física ou emocional de figuras de cuidado. A criança sente que não pode contar com ninguém — e isso gera um vazio de pertencimento, um eco profundo de solidão.

Assim, nos relacionamentos amorosos, essas feridas da infância criam laços de dependência afetiva. Quem vive com essa dor tende a se agarrar ao outro, a implorar atenção, a desenvolver comportamentos de autoabandono para manter o vínculo. 

O medo de ser deixado faz com que o outro seja colocado como fonte de sentido — e isso gera relações desiguais, sufocantes, onde o amor se confunde com necessidade.

3. Ferida da Humilhação

  • “O amor é cinza, não tem dor,
    mas traz no corpo uma emoção.”

A ferida da humilhação surge quando a criança é envergonhada, exposta, ou quando aprende que seus desejos são motivo de culpa. É comum em infâncias onde havia excesso de controle, crítica ou punição.

Assim, nos relacionamentos, essa ferida gera comportamentos de submissão, dificuldade de se expressar, medo de ser julgado ou desvalorizado. 

Ou então pode gerar o extremo oposto: a necessidade de dominar para não ser dominado. Essas pessoas costumam oscilar entre se calar para evitar conflitos e explodir quando não suportam mais a opressão silenciosa.

4. Ferida da Traição

  • “O amor é cinza, vai passar,
    mas deixa rastros pelo chão.”

Essa ferida nasce quando a criança sente que promessas foram quebradas, que figuras de confiança não cumpriram com o que disseram. Muitas vezes, está associada a pais ausentes ou incoerentes.

Portanto, nos relacionamentos, ela se manifesta como desconfiança crônica, necessidade de controle, ciúmes excessivo, testes de fidelidade. Pessoas com essa ferida tendem a criar vínculos baseados na vigilância e não na confiança. 

E mesmo quando encontram um parceiro íntegro, desconfiam — pois a ferida está dentro, e não fora.

Astrologia e Traição: quando os planetas indicam a possibilidade

5. Ferida da Injustiça

  • “O amor é cinza, quer saber
    se o coração tem compaixão.”

Essa dor é criada quando a criança é tratada com rigidez, quando não pode expressar seus sentimentos ou é constantemente comparada, julgada ou exigida além de seus limites.

Dessa forma, na vida adulta, essa ferida gera perfeccionismo, frieza emocional, dificuldade de receber carinho. 

São pessoas que criam armaduras para não sofrer — mas que, ao mesmo tempo, sentem-se desconectadas. Exigem demais de si e dos outros, tornando os relacionamentos áridos, racionais e pouco afetivos.

Relacionamentos não curam, mas revelam

Nenhum relacionamento cura feridas. O que ele faz — e isso é imenso — é revelá-las.

Toda vez que amamos, nossas dores vêm à tona. Não porque o outro as cause, mas porque o vínculo as convoca.

Amar é uma chance de olhar com honestidade para as partes de nós que ainda gritam, se defendem, exigem, fogem.

É uma oportunidade de perguntar:

  • “O que em mim ainda acredita que não merece amor?”
  • “Que parte minha exige que o outro me prove algo?”
  • “Que criança ainda chora dentro de mim?”

Assim, quando reconhecemos isso, os relacionamentos deixam de ser campos de batalha e se tornam laboratórios vivos de autoconhecimento.

O poder das terapias integrativas na reconstrução interna

As terapias integrativas são aliadas no processo de autoconhecimento e reconexão com a própria essência. Elas não substituem a terapia emocional tradicional, mas atuam como recursos complementares:

  • Reiki trabalha com a canalização da energia vital universal. Atua sobre centros energéticos (chakras), dissolvendo bloqueios emocionais e trazendo paz ao sistema nervoso.
  • Pranic Healing limpa, energiza e harmoniza os corpos sutis, muitas vezes acessando áreas densas que carregam mágoas, ressentimentos ou medos antigos. Além disso, auxilia no fortalecimento da autoestima e na reconexão com a essência.
  • Corte de elos energéticos desfaz laços nocivos e repetitivos com ex-relacionamentos, padrões familiares e vínculos de dependência inconsciente, libertando, assim, o campo energético para relações mais saudáveis.
  • Florais de Bach trazem cura emocional vibracional. Cada floral atua como um “afinador” da alma, despertando virtudes latentes como confiança, compaixão, perdão, presença.
  • Acupuntura emocional e auricular desbloqueiam estagnações nos meridianos associados a emoções (como o Fígado ligado à raiva, ou o Pulmão ao luto), trazendo, assim, fluidez para o psiquismo.
  • Meditação dos Corações Gêmeos expande o campo energético do coração e da mente superior, purificando o corpo sutil e irradiando compaixão para dentro e para o mundo.
  • Respiração consciente e escuta somática devolvem ao corpo sua linguagem original — nos ensinam a ouvir onde a alma ficou presa, onde a emoção congelou e a presença precisa voltar.

Essas práticas não “tiram a dor”, mas nos ensinam a caminhar com ela, até que ela se transforme.

O amor é cinza porque é verdadeiro

Talvez o verdadeiro amor não seja aquele que nos salva — mas aquele que nos vê.
E nos vendo, nos convida à verdade.
O amor é cinza porque não é feito de promessas, mas de permanência.
É cinza porque aceita o não-saber, o atravessar, o sentir.
É cinza porque não brilha para o mundo — mas ilumina discretamente o dentro.
Que nesse Dia dos Namorados, você escolha o caminho mais difícil e mais belo:
o de amar com inteireza.
O de cuidar das suas feridas com gentileza.
O de não esperar do outro o que só você pode ofertar à sua criança interior.
Talvez aí sim, o amor se torne menos um enredo — e mais um estado
O Amor é um Lugar
O amor não é resposta,
é o campo onde as perguntas descansam.
O amor não é cor clara,
é névoa que acaricia até o que é escuro.
O amor não é linha reta,
é trilha que dobra no meio da floresta interna.
O amor não é sem dor,
é onde a dor é ouvida sem julgamento.
O amor não é fogo ou água,
é o vapor que sobe da alma,
quando o coração aquece com presença.
O amor é cinza.
Porque não precisa ser tudo.
Só precisa ser verdadeiro.

Talvez o verdadeiro amor não seja aquele que nos salva — mas aquele que nos vê.
E nos vendo, nos convida à verdade.
O amor é cinza porque não é feito de promessas, mas de permanência.
É cinza porque aceita o não-saber, o atravessar, o sentir.
É cinza porque não brilha para o mundo — mas ilumina discretamente o dentro.
Que nesse Dia dos Namorados, você escolha o caminho mais difícil e mais belo:
o de amar com inteireza.
O de cuidar das suas feridas com gentileza.
O de não esperar do outro o que só você pode ofertar à sua criança interior.
Talvez aí sim, o amor se torne menos um enredo — e mais um estado 
O Amor é um Lugar
O amor não é resposta,
é o campo onde as perguntas descansam.
O amor não é cor clara,
é névoa que acaricia até o que é escuro.
O amor não é linha reta,
é trilha que dobra no meio da floresta interna.
O amor não é sem dor,
é onde a dor é ouvida sem julgamento.
O amor não é fogo ou água,
é o vapor que sobe da alma,
quando o coração aquece com presença.
O amor é cinza.
Porque não precisa ser tudo.
Só precisa ser verdadeiro.
Com respeito, carinho e amor.

Com respeito, carinho e amor,

Eric Flor

Eric Flor

Eric Flor

Eric Flor é terapeuta integrativo formado em fisioterapia, acupunturista e mestre em Reiki. Faz atendimentos online e presenciais em João Pessoa com Auriculoterapia, Ventosaterapia, Moxaterapia, Orgoniteterapia, Cristalterapia e Pranic Healing (Cura Prânica) na promoção de saúde em todos níveis, equilíbrio e bem-estar.

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