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O que é estilo pessoal e como identificar o seu

Estilo Pessoal, ter ou não ter? Eis a questão!

Atualizado em

Moda e estilo não são a mesma coisa! Existe uma grande diferença e a principal é que a moda fala para o coletivo, é mais abrangente, enquanto o estilo é individual, pois está ligado diretamente a nossa vivência, nossas experiências e nossas preferências. Daí a denominação estilo pessoal, o estilo de cada pessoa, de cada indivíduo.

Portanto, você que acha que não tem estilo, que sempre afirma, “que é muito básica”, que não tem tempo ou oportunidade para olhar para o próprio estilo, fica e acompanha esse texto até o final!

As roupas e os acessórios fazem parte da nossa comunicação não-verbal e traduzem o nosso estilo. O estilo pessoal é nossa marca registrada, ele reflete quem somos para o mundo!

Estilo pessoal: tipos

Todos nós temos estilo, na verdade um conjunto de estilos e mostramos não só através das nossas roupas, mas também do nosso comportamento, da nossa comunicação e até mesmo a decoração da nossa casa, afinal, nossa casa é uma extensão do nosso ser.

O seu estilo pessoal deve ser uma projeção natural do seu eu interior, além de estar alinhado com os seus objetivos e com o seu propósito de vida.

Nós costumamos pensar que estilosas são somente aquelas pessoas que carregam muita informação de moda na escolha de seus looks, mas ter estilo não é exclusividade delas.

Se você já fez uma busca na internet sobre estilo, provavelmente se deparou com os sete estilos universais, essa é a metodologia mais conhecida e utilizada na consultoria de imagem e estilo, que foi desenvolvida por Alyce Parsons e publicada no livro Style Source.

A autora fala em sete maneiras de enxergar o mundo e divide em essência interior (o que está intrínseco, que seriam as nossas preferências estéticas sensoriais ) e na expressão exterior, que seria a reprodução dessas preferências na nossa imagem pessoal.

O primeiro conjunto de estilos é composto pelos estilos que formam a base, o Tradicional, o Contemporâneo e o Natural, com universos visuais mais atemporais e fáceis de coordenar:

Tradicional ou clássico

Comunica conservadorismo. Suas peças de roupa são discretas, com linhas retas e bem construídas.

Contemporâneo ou elegante

Comunica sofisticação. Suas peças de roupa são bem acabadas, com corte impecável e de linhas simples.

Natural ou casual

Comunica praticidade. Suas peças de roupa são descomplicadas, de fácil manutenção, que privilegiam o conforto.

Já o Romântico, Sexy/Magnético, Dramático/Moderno/Urbano e criativo, são os “temperinhos”, que adicionam variedade e personalidade:

Romântico

Comunica delicadeza. Suas peças de roupa são delicadas, preza pelos tecidos fluídos e corte acinturado.

Sexy ou magnético

Comunica exuberância. Suas peças de roupa valorizam e evidenciam as formas do corpo.

Dramático, moderno ou urbano

Comunica força, poder. Suas peças de roupa são estruturadas, assimétricas, com design moderno.

Criativo

Comunica originalidade. Suas peças de roupa são exclusivas, faz uso de sobreposições, mistura de estampas e cores.

Portanto, apesar de termos traços de mais de um desses tipos, um deles é o dominante, e os demais são complementares.

Por mais que você tenha o mesmo conjunto de estilos da sua amiga, da sua prima ou da sua vizinha, dificilmente vocês teriam o mesmo guarda-roupa, porque a intensidade que você vai carregar em um dos estilos, possivelmente não será a mesma que a dela, além da influência das outras características pessoais, como tipo físico, paleta de cores e o dia a dia de cada uma, é a soma de todas essas características que tornam o nosso estilo pessoal único.

Nosso estilo pessoal não muda, ele amadurece, mas pode ser que num determinado momento um estilo complementar fique mais aparente.

Mas independente de nomear, o mais importante é reconhecer os seus padrões e pensar em qual papel você quer exercer com a roupa que vai usar, qual a sua intenção de imagem?

Vou dar um exemplo: você está saindo para trabalhar, digamos que você seja uma advogada e tenha uma audiência no fórum nesse dia, independente do seu conjunto de estilos, uma advogada tem um dress code mais formal, e indo para uma audiência, você deve considerar o que precisa comunicar através da sua imagem, eu diria força, autoridade, credibilidade, competência.

As linhas, cores, formas, texturas e proporções são processadas pelo cérebro como mensagens. As linhas retas verticais e horizontais são imóveis e, por isso exprimem força, poder e conservadorismo, já as retas inclinadas são dinâmicas e as curvas são emocionais. As cores frias inspiram distância, já as cores quentes aproximam.

Os tecidos mais fluídos e texturas macias, são mais acolhedores, acessíveis. Enquanto os tecidos mais rígidos e estruturados distanciam, comunicam uma mensagem de autoridade.  Seguindo esse raciocínio, fica mais fácil escolher as peças que tenham ou comuniquem esses atributos para o seu estilo pessoal.

Já se você estivesse se arrumando para sair com as amigas num sábado à noite, ou até mesmo para encontrar o crush, a sua intenção será outra, assim como o papel que você vai exercer nesse encontro, você não será mais uma pessoa corporativa e sim pessoa física, nesse caso você tem total liberdade para expressar o seu estilo pessoal.

Exercícios para identificar o seu Estilo Pessoal

Moodboard

Um exercício que você pode fazer em casa para identificar o seu estilo pessoal é montar  moodboards. Traduzindo ao pé da letra seria “painel de humor”. Muitas vezes, não conseguimos  traduzir em palavras algum sentimento, gosto ou emoção, mas conseguimos escolher entre uma imagem ou outra.

O moodboard pode conter fotos, ilustrações, texturas, cores, objetos, formas, frases e palavras inspiracionais que traduzem a sua essência.

Você pode montar um somente com as sua preferências, com tudo que representa você e pode montar outro com tudo o que não representa você. Muito mais do que um processo lúdico, a representação visual, ajuda a organizar as ideias e funciona como um exercício de autoconhecimento.

Experimente suas peças de roupa e faça anotações

Outro exercício que você pode fazer em casa é experimentar suas peças de roupa. Antes de experimentar, se olhe bem no espelho, (com muito carinho), de preferência usando apenas suas roupas íntimas, e perceba suas linhas, formas e volumes, o que mais gosta no seu corpo e poderia valorizar.

Eu sugiro que você comece pelas peças que têm mais dificuldade em usar e atente-se às características dessas peças, o que a incomoda? a modelagem, o tecido, a cor, a estampa… enfim, perceba o que não gosta e tente construir padrões com as peças seguintes.

Depois, experimente as peças que você mais gosta e faça o mesmo, perceba quais as características dessas peças que a agradam. Você pode fotografar e fazer anotações, isso ajuda muito.

E independente de regras, todo mundo pode tudo, mas nem todo mundo precisa de tudo, lembra daquela sábia frase que as nossas mães falavam quando éramos crianças, você não é todo mundo!

Danielle Olivieri

Danielle Olivieri

Consultora de imagem e estilo, especialista em comunicação visual através do vestir.

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