Práticas integrativas para vícios: acolhendo a dor que existe por trás do sintoma
Práticas integrativas para vícios podem ser grandes aliadas: não para controlar, mas para escutar o que o excesso quer dizer
Por Eric Flor
O vício nasce normalmente de dores antigas que o corpo carrega em silêncio. Não como falha, mas como sintoma. Nesse caminho, as práticas integrativas para vícios podem ser grandes aliadas: não para controlar, mas para escutar o que o excesso quer dizer.
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O que existe por trás do vício?
A pergunta que transforma não é “por que tenho esse vício?”, mas sim: “que dor em mim ainda grita por não ter sido ouvida?”.
O vício é, muitas vezes, uma tentativa de silenciar algo que ainda pulsa. Uma memória emocional, uma ausência, uma necessidade não atendida. Ele surge como uma ponte para fora de si quando estar presente parece insuportável.
Para tratar desse vício, precisamos nos permitir olhar para dentro, devagar, sem julgamento. É preciso pausar e se perguntar:
- O que eu preciso agora, que não precisei quando era criança?
- Como eu posso me oferecer isso, com presença, com amor, com paciência?
Como a Medicina Chinesa entende os vícios?
A Medicina Tradicional Chinesa (MCT) nos ensina que a dor emocional não é uma abstração. Ela tem lugar. Tem órgão. Tem movimento. Ela se entranha nos circuitos de energia do nosso corpo, interferindo na maneira como pensamos, sentimos, escolhemos.
Para a MCT, o vício surge quando a energia vital (Qi) se estagna. Emoções não expressas ou processadas se alojam em órgãos específicos:
- Fígado: raiva contida, frustrações, não-dito
- Pulmão: tristezas silenciosas, lutos mal chorados, solidão abafada
- Coração, quando machucado, se fecha ao prazer, à alegria, à confiança.
- Rins: medos antigos, angústias ancestrais.
Quando esses sistemas se desorganizam, nosso espírito também se desequilibra. Surge a ansiedade. A obsessão. A compulsão. O vazio. O corpo pede algo para se distrair daquilo que pulsa dentro dele — e então o vício se instala como ponte para fora de si.
O horário dos órgãos: entenda o que é e como funciona
Como as práticas integrativas ajudam nos vícios?
As terapias integrativas não tratam apenas sintomas, mas acolhem a origem emocional dos comportamentos repetitivos. Elas criam espaço interno para que a dor possa ser reconhecida com segurança, sem ser abafada ou ignorada.
A Acupuntura é um dos meus métodos preferidos. As agulhas acionam pontos que regulam os hormônios do estresse, desbloqueiam estagnações emocionais, acalmam o sistema nervoso e liberam neurotransmissores que trazem alívio real — mas sem efeitos colaterais.
Em muitos centros terapêuticos ao redor do mundo, o Protocolo NADA (National Acupuncture Detoxification Association), por exemplo, já é utilizado como apoio a processos de desintoxicação de álcool, drogas e tabaco.
Isso porque ele age na ansiedade, nas fissuras, na insônia e na irritabilidade — oferecendo um respiro onde antes só havia aflição.
Outros recursos da MTC e das terapias integrativas:
- Fitoterapia chinesa: fórmulas que nutrem o coração, liberam o fígado, acalmam o shen (espírito).
- Reiki: aplicação de energia sutil, gerando acolhimento, relaxamento e reconexão.
- Florais: ajudam a dissolver padrões emocionais cristalizados, como medo, desânimo e impulsividade.
- Qigong e Tai Chi: práticas corporais que restauram o fluxo energético e promovem consciência e autocontrole.
- Acupuntura: regula o sistema nervoso, libera estagnações emocionais e promove alívio sem dependência.
- Reiki: oferece presença e relaxamento, reativando o fluxo de energia vital.
- Florais: ajudam a dissolver padrões emocionais como medo, ansiedade, desespero.
- Qigong e Tai Chi: fortalecem a consciência corporal e restauram o fluxo energético.
- Fitoterapia chinesa: atua nos órgãos ligados às emoções, como fígado, pulmão e rins.
Como começar a acolher o que o vício tenta esconder?
Não buscamos controlar o vício. Buscamos acolher o que ele tenta esconder. Isso pode começar com pequenas práticas, como, por exemplo:
- Respiração consciente: sentar-se em silêncio com a própria respiração, mesmo que por dois minutos, e observar o que emerge.
- Toque terapêutico ou automassagem: tocar com as mãos o próprio peito e perguntar: “O que ainda dói aqui?”
- Escrita terapêutica: escrever, sem censura, aquilo que está gritando dentro e ninguém nunca escutou.
- Sessões de Acupuntura, Reiki ou Fitoterapia: permita que o corpo se reorganize com apoio amoroso.
- Rotina de autocuidado: inclua não apenas o que alivia, mas o que permite sentir com apoio.
- Permita-se sentir: beber um chá quente e chorar, se for preciso, em vez de se distrair.
Quando o vício não é mais o caminho
Ao longo do tempo, com práticas contínuas, com escuta e amor próprio, o vício perde o seu brilho. Ele não é mais necessário.
Não porque a dor desapareceu, mas porque agora ela tem espaço. Ela foi nomeada. Ela tem colo. E, quando isso acontece, nossa relação com o mundo também muda.
Passamos a nos expressar não mais a partir da ferida, mas a partir da presença. Não mais através da urgência de alívio, mas da confiança de quem sabe cuidar de si.
Convite para quem sente
Se esse texto tocou algo em você, respire. Não se apresse em entender tudo. Permita que as palavras se assentem, que os sentimentos venham.
Talvez seja a hora de ouvir sua dor como quem escuta um velho amigo. Talvez seja o tempo de cuidar dela com as mãos da alma, com ferramentas que te devolvam o sentir.
E se você quiser companhia nesse processo, se quiser olhar para a dor com outras lentes — da Medicina Chinesa, das terapias integrativas, do cuidado profundo —, saiba que você não está só.
Esse caminho, por mais difícil, pode ser trilhado com leveza, escuta e amor. Porque sua dor merece cura. E você merece voltar a habitar sua vida com inteireza.
Eric Flor é terapeuta integrativo formado em fisioterapia, acupunturista e mestre em Reiki. Faz atendimentos online e presenciais em João Pessoa com Auriculoterapia, Ventosaterapia, Moxaterapia, Orgoniteterapia, Cristalterapia e Pranic Healing (Cura Prânica) na promoção de saúde em todos níveis, equilíbrio e bem-estar.
Saiba mais sobre mim- Contato: eriflorfrancisco@gmail.com
- Site: https://ericflor.com.br/