Qual é o lugar do pai quando o bebê nasce?
Descubra a importância de entender o lugar do pai e como isso pode fortalecer o vínculo familiar quando o bebê nasce
A chegada de um filho marca uma nova etapa no relacionamento de um casal. Alguns planejam com antecedência, outros nem tanto, mas as surpresas são quase sempre inevitáveis. Uma delas é como cada um recebe o novo papel de pai e mãe.
As mulheres que engravidam passam a ensaiar esse papel de mãe a partir do instante que o filho começa a crescer em seu ventre, vão criando uma conexão que ocorre a cada dia até o momento do nascimento. A chegada do bebê faz com que essa mãe se volte por completo para aquele novo ser que vem ao mundo.
Mas existe uma terceira pessoa nessa história que muitas vezes é deixada de lado durante todo o processo: o pai. Geralmente o homem não sabe bem como encarar esse novo papel, e fica em dúvida se ele também poderá ser o protagonista dessa história ou se será um simples coadjuvante.
Entenda agora como o pai pode desenvolver seu papel na chegada de um novo membro na família.
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A importância da presença do pai
Uma certa relação de fusão entre mãe e filho nos primeiros meses é natural. Afinal, ela esteve com aquele pequeno ser durante meses em seu ventre e é sua função protegê-lo, alimentá-lo e dar a ele todos os cuidados necessários para enfrentar este novo mundo.
Mas a presença do pai não pode ser descartada. É importante que o homem participe dos cuidados do filho, mesmo que, por vezes, se sinta excluído daquela intensa relação da mãe com a criança.
Aliás, o pai também precisa assumir seu papel desde o início da concepção. Estabelecer um vínculo com aquela criança que ainda está na barriga da mãe é essencial.
Além disso, ele precisa compreender que é uma grande mudança também para a mulher, que precisa do apoio constante do parceiro.
Pais mais participativos
Há um tempo, a função do pai era de provedor. Então era comum que a mãe cuidasse dos filhos, enquanto o homem se dedicava ao trabalho.
Atualmente, muita coisa mudou. É de grande importância que o pai esteja presente nos cuidados do bebê. Tarefas como dar banho, alimentar e colocar para dormir não podem mais ser funções exclusivas da mãe.
Contudo, é possível que o pai sinta-se inseguro e ache que não é capaz de cuidar daquele ser tão frágil. Mas eles esquecem que a mãe também está aprendendo.
Claro que, muitas vezes, a mulher pode tentar excluir seu parceiro deste papel, pois acredita que essa função é de sua total responsabilidade.
Mas, quando o pai não se deixa excluir e se faz presente, a mãe acaba percebendo que, nesta história, não pode ter apenas um protagonista, e que a presença do parceiro faz com que ela possa dividir responsabilidades e ter um tempo para cuidar de si.
Assim, é necessário que o pai seja paciente e compreensivo com a mãe de seu filho. E mesmo que sinta alguma resistência, não desista de exercer seu papel e de oferecer seus cuidados.
Se o casal se une como pai e mãe nos cuidados do filho, pode também continuar unido como homem e mulher na relação de casal.
É psicóloga sistêmica. Atua com traumas pela abordagem Somatic Experience® além de abordar outras questões de relações interpessoais, autoestima e postura diante da vida. Atende online e presencialmente na cidade de Belo Horizonte.
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