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Estar solteiro não é sinônimo de solidão

Reflita sobre o peso que coloca no fato de ter ou não companhia

Atualizado em

Ao pensarmos rapidamente, associamos o “estar solteiro” ao simples fato de não ter um parceiro afetivo. Porém, se olharmos mais profundamente, perceberemos como muito mais coisas podem estar por trás dessa palavra.

Quando ouvimos que uma pessoa está solteira, diversos sentimentos podem passar em nossa cabeça:

  • para alguns, denotará algo alegre, como diversão, farra e liberdade.
  • para outros, serão associados significados mais tristes, como solidão e sensação de que falta algo, de estar incompleto.

Estar solteiro é um estado civil no mundo externo, no seu significado convencional. No entanto, em nosso mundo interno, pode ter vários sentidos.

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Solteiro: escolha ou consequência?

Muitas pessoas acham que a solteirice deve ser um estado transitório, um momento em que nos preparamos para ter um par.

Como se ter um relacionamento fosse o objetivo de se estar solteiro. Essa é justamente uma das causas do sentimento de solidão que muitas vezes sentimos.

Se partimos do princípio de que nosso objetivo é encontrar alguém, criamos o sentimento de falta dentro de nós. Ter vontade de conhecer uma pessoa parceira é diferente de transformar isso em um objetivo inegociável.

Solteirice e solidão só estão associados quando assim escolhemos. Basta lembrar que podemos nos sentir sós mesmo estando em um relacionamento.

O sentimento de solidão e de falta é consequência das escolhas que fazemos sobre como queremos vivenciar nossa vida, e não do que está fora de nós.

Pressão social

Há quem não goste de estar solteiro e reclame da falta de companhia, de alguém para dividir sua vida. Essas pessoas muitas vezes evitam sair de casa e participar de atividades sociais, por acharem constrangedor estar só.

De fato, existe uma pressão externa quase como uma regra: ter um par afetivo seria pré-requisito para ser uma pessoa “normal” ou “bem-sucedida”. E, principalmente a partir de certa idade, isso se intensifica.

Porém, nós é quem escolhemos acatar ou não essa regra social. Não há certo ou errado, mas se escolhemos acatá-la, escolhemos também vivenciar o mal-estar que essa escolha representa ao estar só, e portanto teremos de arcar com os sentimentos de frustração.

Será que estar solteiro realmente é algo assim tão difícil para a vida social, ou somos nós quem colocamos muito peso e valor à regrinha de “ter que” possuir uma parceria?

Disfarces, medos e aprendizados pessoais

Se, para muitas pessoas, estar solteiro é visto como algo negativo, para outras é sentido como sinônimo de liberdade. Ainda que, aparentemente, quem percebe a solteirice de modo positivo esteja bem resolvido, isto não necessariamente é verdade.

Toda movimentação social e convicção ao dizermos que preferimos estar solteiros podem ser simplesmente disfarces para o medo e para a fuga dos relacionamentos mais profundos.

A constante companhia de outras pessoas ou os seguidos relacionamentos românticos superficiais podem não ser uma escolha de curtir a vida dessa maneira, mas distrações que refletem a fuga em lidar com nossas próprias dificuldades de relacionamento.

As pessoas costumam dizer que relações são difíceis, mas os relacionamentos são relacionamentos, nem fáceis nem difíceis. Somos nós quem ainda não aprendemos a lidar com eles e conferimos a eles essa qualidade.

A dificuldade está em nós e não na relação. Se a outra pessoa é difícil, ela nada mais é do que um reflexo de nossa própria falta de habilidade em nos relacionar.

Como identificar ilusões e autoengano

Como saber se estamos nos deixando levar pelas pressões internas ou externas e deixando de fazer nossas verdadeiras escolhas?

Geralmente os sentimentos autênticos e disfarçados se misturam, e cabe a nós utilizar toda a nossa honestidade com nós mesmos para reconhecer o quanto estamos nos iludindo.

Só mesmo cada pessoa, lidando individualmente com sua verdade mais profunda, pode descobrir isso. Pode ser estranho, desagradável e até dolorido reconhecer como nos enganamos.

Podemos sentir vergonha e culpa em assumir, nem que seja mentalmente, aquilo que consideramos “fraquezas” ou “fracassos”, mas que, na realidade, são apenas nossos desafios e aprendizados pessoais.

Não importa se estamos sós ou em uma relação, enquanto nosso foco estiver na opinião das pessoas, na existência ou não de uma parceria afetiva ou em qualquer outra coisa lá fora, estaremos continuamente sujeitos aos sentimentos de insegurança e frustração.

Podemos sim, enquanto pessoas solteiras, nos preparar para um novo relacionamento e curtir a vida social e relacionamentos mais superficiais.

Porém, isso só é possível quando é uma escolha verdadeira e sincera, e não uma resposta às nossas carências e pressões externas, ou uma fuga de nossas questões mal resolvidas internamente.

Se soubermos reconhecer o que efetivamente se passa dentro de nós, saberemos curtir a nossa individualidade e estaremos felizes, independente do estado civil!

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Ceci Akamatsu

Ceci Akamatsu

Terapeuta Energética, faz atendimentos à distância pelo Personare. É a autora do livro Para que o Amor Aconteça, da Coleção Personare.

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