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  • Liderança feminina em foco

    Entenda por que o perfil de líder independe de gênero

    apiki

    Por apiki

    Atualizado em

    A presença feminina na alta direção dos negócios (empresárias, presidentes, diretoras) é medida com percentagem inferior ao público masculino, mas curiosamente, não há nada desse negócio chavão de jeito feminino/jeito masculino de liderar.

    Na pesquisa “Brasil Empreendedor”, realizada pelo laboratório comportamental Quantum em parceria com a ONG Endeavor, apenas 11% da amostra de negócios contou com mulheres na liderança, contra 89% de homens. Suas estrutura emocional e comportamental, entretanto, são rigorosamente as mesmas.

    Contradizendo o ponto comum, dentre as mulheres a tomada de decisão “objetiva” e enfoque de risco foram até um pouco mais intensos do que entre os homens, num caso, e quase iguais no outro. Risco: 91% mulheres e 87% homens. Decisão objetiva ou muito objetiva: 73% mulheres e 80 % homens. A proximidade destes elementos mostra que a carreira em si e o contexto, no caso, liderança e empreendedorismo, marcam mais os comportamentos, do que os gêneros.

    Na comunicação, a emoção primária neurológica da indução (afetividade, carisma, vender ideias entusiasmadamente) aparece em 78% dos homens e, ao contrário do que diz o senso comum, em 73% das mulheres (embora apareça na amostra um esforço de mudança do público feminino valorizando a comunicação na casa de 80%.

    Nos homens, a mudança igualmente aumenta a atuação de forma expressiva e carismática para 83%). São necessidades do mercado. As mulheres se apresentam claramente mais impacientes e apressadas (82%) contra o estilo também impulsivo e impaciente dos homens (só que com 76%).

    Empreendedorismo feminino

    As competências e estilos estão em outro ponto, para a mulher que lidera. Paradoxalmente, no “maior cuidado” feminino com detalhes, os números, novamente, dão empate: 82% das empreendedoras têm visão de conjunto e quadro geral, delegando detalhes, igualzinho a mostra masculina.

    O Gancho Quântico, medida do Método Quantum que aponta o nível de acompanhamento, é o mesmo para elas (46% delas e deles, o que mostra preocupação com detalhes e follow-up). Mas é neles, e não nelas, que se alcançam 49% na tendência imediata de aumento no cuidado com estes detalhes.

    Bem, o que dizer de Dilma, mulher, versus Lula, homem? Não seria o mesmo que comparar Marina e Dilma, ou Lula e Serra? Marina e Serra? Serra e Lula?

    Ser mulher traz a unicidade de ser múltipla. Sensorialmente, no raciocínio e na coordenação de acontecimentos. Não são as emoções que marcam a diferença, mas o cérebro, a cultura, o objetivo de sua identidade – ser atraente, charmosa, cuidadosa, livre e guerreira. Sim, elas são çhefes mais rigorosas e menos flexíveis do que eles. Levam a sério demais a ideia de multitarefa, e buscam a perfeição (com tantos papeis, para os quais suas avós jamais foram autorizadas, que há sim muita novidade social). Neurologicamente as mulheres apresentam maior capacidade de liderança do que os homens. Mas a civilização e a cultura patriarcal deram conta de ameaçar até mesmo a virilidade de um homem mais brando ou a feminilidade de uma mulher mais firme(um golpe duro e secreto que agora já pode ser descartado com consciência).

    Coragem e autenticidade

    A mulher ou o homem no poder precisam conhecer e aceitar suas necessidades e suas competências. A maturidade do indivíduo e seu talento não parece estar no gênero, mas na trajetória, na decisão e na coragem de ser 100% ele mesmo. A individualidade e revolução são o único critério confiável.

    No trânsito, comentam os colegas, as mulheres parecem mais agressivas, nunca dando passagem. Foram ensinadas a esperar o cavalheirismo, e agora, “competindo”, podem cair na armadilha da vingança tola: ser mais violentas e anular seus parceiros (como foram vitimas de violências e anulação por séculos), e trabalhar parecendo homens (usando terno e tudo).

    Ou simplesmente ser lindas, charmosas, inteligentes e mais generosas, com o complemento de dois seres inteiros, parceiros, juntos. A mulher tem maior repertório intelectual (cerebral) e permissão cultural histórica para expressar sentimentos, usar cabelos e roupas mais variados (curtos, longos, repicados, saias, calças, shorts, blusas, camisas, camisetas).

    Homens e mulheres são como braço esquerdo e direito. Quando um fica fora do jogo, o corpo todo perde. Mas os dois juntos, precisam se coordenar. A liderança feminina deve se livrar daquele ressentimento das minorias, e ser altiva e natural.

    No poder, a mulher poderá ser melhor ou pior. Ana ou João, Bete ou Damião.