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Maternidade na terapia: questões que aparecem nas consultas

As questões de terapia sobre maternidade começam antes de decidir ser mãe e incluem muitos sentimentos contraditórios

Atualizado em

A maternidade é um dos assuntos mais desafiadores — inclusive para quem não quer ou tem dúvidas sobre ter filhos. Por isso (ainda bem!), está cada vez mais comum a busca por ajuda profissional. E quais são as questões de maternidade na terapia que mais aparecem?

Os desafios começam muito antes de decidir ser mãe, passam pelas preocupações com as diferentes fases das crianças e incluem muitos sentimentos contraditórios.

Com a evolução e a diversificação das abordagens, a terapia se tornou uma ferramenta incrível para que toda mulher possa trazer à consciência suas questões, terem suas dores acolhidas e poderem cuidar de si mesmas e, assim, dos filhos, caso decidam tê-los.

6 temas que as mulheres mais levam para terapia sobre maternidade

1. Preocupação sobre a própria capacidade

Por Regina Restelli, terapeuta dos Chakras

Ser mãe, para além de mulher, é uma verdadeira missão. Muitas chegam a mim em tratamento para engravidar e outras na dúvida se realmente querem ser mães ou se podem escolher não ser. São muitas preocupações que envolvem a própria capacidade de ser, realizar e escolher.

Por isso, é importante fazer um processo de autoconhecimento (saiba mais aqui) para que sejam vistas e eliminadas crenças e bloqueios que impedem o contato profundo com a essência que naturalmente realiza às necessidades da natureza. É muito gratificante acompanhar este processo evolutivo.

2. Equilíbrio entre proteger e dar espaço para os filhos

Por Simone Kobayashi, terapeuta holística

Algumas mães entendem seu papel como sendo o de proteger, suprir e exercer controle sobre os filhos, e pode ser desafiador permitir que eles enfrentem problemas, dificuldades e frustrações. A tendência é projetar suas próprias dificuldades nos nossos filhos.

Por isso, reforço na terapia, a importância de cuidar de si mesma (resolver suas feridas, medos e anseios) e das próprias projeções, para ser uma referência saudável e íntegra aos filhos. Indico a consulta com a Mesa Frequencial para equilibrar o campo pessoal e trazer leveza, calma e clareza.

3. Medo dos traumas dos filhos

Por Andrea Leandro, terapeuta floral e mestre reiki

Muitas mães se preocupam com acontecimentos que podem gerar traumas nos filhos. Por exemplo: a criança mordida por um cachorro. Será que ela jamais vai se aproximar de um cachorro?

Em primeiro lugar, essa criança precisa ser acolhida. Afinal, muitas vezes, o que a traumatiza não é o fato em si (a mordida), mas o fato de ela não se sentir entendida no seu medo. Então, ao invés de dizer “Não foi nada”, diga que compreende seu receio e esclareça que nem todo cão morde. Indico, ainda, Terapia de Florais para lidar medos e traumas e acompanhamento terapêutico.

4. Dúvidas sobre ser ou não mãe

Por Luisa Restelli, psicóloga

Recebo muitas mulheres angustiadas para entender se querem ou não serem mães. Percebo que grande parte carrega um medo inconsciente de repetir as atitudes da própria mãe. Outras enfrentam a pressão social para ser mãe e se questionam se está correto não querer a maternidade. Uma outra situação comum é a dificuldade de confiar na parceria da relação.

Uma pergunta que eu costumo fazer nesses casos de dúvida sobre ser mãe é: o que significa a maternidade pra você? É preciso se aprofundar e investigar esse tema para compreender o que, no mais profundo, move o desejo da maternidade, o quão saudável é essa base de desejo e o que cada um quer para si verdadeiramente.

5. Mulheres que não querem ser mães

Por Mari Hein, instrutora de Yoga, Meditação e autoconhecimento

Atendo muitas mulheres que não querem ser mães por diversos motivos. Pode ser por querer se realizar profissionalmente ou pelo fato de não quererem trazer mais um ser humano para esse mundo do jeito que está. Também pode ser por não se sentirem preparadas para uma maternidade ou então por não querer repetir o padrão familiar.

O importante é olhar pra dentro. Meditar sobre o que você sente em relação à maternidade sem se julgar. Deixar de lado as opiniões e conversar com seu coração para ouvir seus medos, suas dúvidas, seus anseios e desejos verdadeiros sobre esse assunto. Fundamentalmente, é importante ter claro que se você optar por não ter filhos, está tudo bem. E, claro, se precisar, buscar ajuda.

6. Sentimento frequente de culpa

Por Eric Flor, terapeuta integrativo

Muitas mulheres iniciam terapia devido à dificuldade de lidar com as transformações no corpo físico e emocional que a desafiadora maternidade causa. O caminho está no autocuidado. Mas não dos cuidados estéticos disseminados nas redes sociais. Essa é uma visão reducionista que colabora para a comparação e o sofrimento.

Estou falando de entender o que eu realmente cada uma precisa para ficar bem no seu dia a dia (como uma simples automassagem para aliviar tensões). Em avaliar se a sua saúde mental está sendo tão cuidada quanto o corpo. Em cuidar das suas emoções. Mas sem criar metas pouco realistas, sob o risco de permanecer no lugar oscilatório entre preocupação excessiva, culpa e perfeição.