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Não tente esquecer o passado, mude o que você sente sobre ele

É possível ressignificar a própria história e acessar dores e vivências passadas de forma tranquila e segura

Atualizado em

Os “Três Passos Para a Vida Adulta” consistem nas seguintes etapas: acolher a sua criança interior, ressignificar a própria história e honrar os ancestrais. Depois de compartilhar com vocês a importância de abraçar a sua criança interior e oferecer ferramentas para esse processo, neste artigo vamos ver, com o segundo passo, que não é preciso esquecer o passado. Afinal, é possível ressignificar nossa própria história para que as experiências anteriores sirvam de lição.

Antes, porém, convido você a refletir:

O que ainda te desafia? O que você ainda não consegue compreender? O que ainda não consegue aceitar? Por que não consegue? O que você já conseguiu transformar? O que ainda não consegue perdoar? O que já integrou, ou não? O que aprendeu com tudo isto?

Ressignificando a própria história

Ao acolher a sua criança interior, torna-se possível olhar para sua história sob a perspectiva do adulto. É o adulto em nós que terá recursos para curar essas dores. Sob a perspectiva da criança, tudo fica muito maior. A criança é sensação, portanto o que ela precisa é de acolhimento, afeto, escuta e olhar.

Quando amparamos nossa criança, ela relaxa, dando espaço para que o adulto em você assuma as rédeas da sua vida.

Para este segundo passo de lançar um outro olhar para a sua história, é preciso estar muito ancorado na presença. Ressignificar a própria história consiste em abrir o quarto escuro da alma para que, através da luz da consciência, seja possível compreender com profundidade as experiências de dor.

O quarto escuro da alma é o lugar onde jogamos todas as “quinquilharias” com as quais não conseguimos lidar. Acontece que neste porão estão também nossos maiores tesouros.

Se a nossa história é um baú de tesouros, o autoconhecimento é o mapa que leva a eles.

É preciso coragem para abrir estas portas, revisitar dores e olhar para nossa história de frente, com reverência e  postura de humilde aprendiz. Afinal, a vida é uma escola. Logo, todas as experiências reservam aprendizados.

O passado não muda. O que você sente sobre ele, sim

É claro que com a experiência de vida que adquirimos, muitos dos conteúdos da nossa infância já ganham outro significado. Ao menos, uma compreensão melhor. No entanto, compreendê-los apenas não é o suficiente.

Em vez de esquecer o passado, valorize os aprendizados

O autoconhecimento é uma grande aventura dentro do próprio ser. É o que permite enxergar melhor os aprendizados por trás de cada experiência. O medo de abrir as portas deste quarto escuro está em revisitar dores e ser engolido por elas. Essa, entretanto, é a ótica da criança em nós.
Abrir as portas do quarto escuro do nosso ser significa trazer à luz da consciência aquilo que ainda não conseguimos integrar.

Ressignificar a própria história permite enxergar com mais clareza cada passo e experiência. Aceitando o passado, bem como o destino daqueles que amamos, podemos seguir nosso próprio caminho.

Não há erros, há aprendizados.

Não há falhas, há descobertas.

Não há certo ou errado, há diferentes resultados ou pontos de vista.

Não há bem ou mal, há infinitas possibilidades.

Meditação para acessar as dores do passado de forma segura

  • Crie um campo de meditação e cura. Se desejar, coloque uma música meditativa para ajudar a criar este campo.
  • Peça aos seus mestres, guias e protetores para te auxiliarem nesta cura. Você pode usar suas próprias palavras ou fazer a seguinte oração:

“Peço agora auxílio dos meus guias, mestres e protetores. Que a Sabedoria Universal possa estar comigo neste momento para que, de acordo com o estágio da minha evolução, eu possa alcançar as curas que me estão disponíveis. E que assim, em nome do bem maior, eu possa me tornar um canal de luz e de amor neste plano”.

  • Deite-se na cama de forma relaxada e respire profunda e tranquilamente. Agora peça à Sabedoria Universal que te conduza à alguma dor que precisa ser integrada.
  • Respire e vá percebendo o seu corpo. Perceba se há alguma tensão ou desconforto. Conecte-se com esta parte do corpo. Mergulhe nela e vá respirando.
  • Permita que os sentimentos apareçam fluidamente. Mantenha seu observador. Caso os sentimentos se intensifiquem, peça reforço aos seus mestres para que consiga atravessar esta dor.
  • O segredo para conseguir atravessá-la é permitir que ela apareça mantendo sua testemunha ativa. Ou seja, você sente a dor, mas não se identifica com ela. Apenas permite que ela se dissolva na luz.
  • Para tanto, você pode visualizar acima de você um vórtice de luz dourada ou perolada. Permita, assim, que suas dores se elevem a este vórtice para serem transmutadas. Vá respirando e, simplesmente, testemunhe estas dores se elevando até este vórtice.

Você não é o seu corpo de dor. Você é aquele que observa.

O que fazer se você sentir dor durante a prática?

  • Pode ser que durante o processo de respirar na dor, alguma memória, imagem ou palavra venha à tona. Ancorado em sua presença, simplesmente respire e permita que venha à tona o que for necessário para sua cura.
  • Lembre-se que você está amparado pela luz e sempre que necessário, reforce sua conexão com os seus guias.
  • Então, chegará um momento em que a intensidade dos sentimentos se acalmará. Assim, uma sensação de alívio e contentamento tomará lugar.
  • Respire este contentamento com todos os seus poros e permita que estes novos códigos sejam instalados em cada célula do seu corpo até que você se torne este contentamento. Você pode visualizar este contentamento em forma de luz branca.
  • Deixe que esta luz se expanda por todo o seu corpo enquanto respira até criar uma aura luminosa ao seu redor.
  • Expanda então esta luz por todo o quarto, e vá expandindo para além das fronteiras da sua casa, cidade, estado, país, até que a mesma possa envolver todo o globo terrestre e se expandir por todo o universo.
  • Você agora é um com tudo e com todos.

Faça este exercício sempre que sentir necessidade.

Ressignificar a própria história pode ser bastante desafiador para alguns. E dependendo da bagagem emocional, um acompanhamento profissional pode ser bem-vindo. Eu sempre indico fazer terapia.

Não saber lidar com nossas emoções faz com que dores sejam acumuladas sem necessidade.

A ajuda de um profissional de confiança com o qual se identifique pode contribuir com a integração destes conteúdos com mais facilidade.

A sua escolha fará toda a diferença

Constelação Familiar, Pathwork, Psicologia Transpessoal, Psicologia Analítica Junguiana, Bioenergética são algumas das linhas que ajudam bastante neste processo. Todavia, este é um relacionamento muito pessoal e íntimo. Depende de confiança, segurança e uma boa comunicação.

Portanto, encontre uma linha terapêutica que se encaixe com você. Esta é uma jornada única. Um caminho só seu. Escolha como deve seguí-lo. A sua escolha fará toda a diferença.

Gabriela Alves

Gabriela Alves

Mentora da Arte do Ser, Gabriela Alves Toulier dedica sua vida à expansão da consciência como Terapeuta da Alma e Guardiã do Sagrado Feminino, onde integra técnicas como Constelação Familiar, ThetaHealing e Filosofia do Yoga, a fim de auxiliar as pessoas a se tornarem a sua melhor versão.

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